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Guerra Civil, ou Civil War no seu titulo original em Inglês, por muito tempo, foi uma das histórias que a maioria dos fãs da Marvel achava quase impossível conseguir ser adaptada para o grande ecrã. Este, afinal de contas, tratou-se de um enorme evento no mundo da banda desenhada que mudou o rumo da história de todas as personagens. Não é então de admirar que, após o anúncio oficial deste filme, os mesmos fãs tenham ficado intrigados com esta adaptação e com dúvidas sobre como ela seria levada a cabo. Uma das principais preocupações, por exemplo, passava pelos direitos das personagens que, até então, estavam todos repartidos entre os vários estúdios de cinema.

Agora, duas semanas após a estreia nos grandes ecrãs, podemos finalmente analisar algumas das diferenças que achamos interessantes entre a banda desenhada escrita por Mark Millar e desenhada por Steve McNiven e a respectiva adaptação cinematográfica pelos Irmãos Russo. Fica aqui, desde já, o aviso de SPOILER para quem ainda não teve oportunidade de ver este filme.

 

1. Incidente em Lagos VS escola de Stamford

No mais recente filme lançado pela Marvel, o despertar desta guerra vem por parte de uma explosão que a mais nova Vingadora, Wanda, tenta conter. Crossbones, personagem interpretada por Frank Grillo, detona explosivos que usa no seu colete, após um confronto com o Capitão América no meio das populadas ruas do mercado de Lagos, Nigéria. Wanda, também conhecida como a Feiticeira Escarlate, tenta conter os explosivos com os seus poderes e, quando lhe começa a parecer impossível, lança Crossbones pelo ar, explodindo junto a um edifício e destruindo parte dele. Este incidente causa vítimas e entre elas estão diplomatas enviados numa missão de paz desde Wakanda.

Na história escrita por Mark Millar, algo similar acontece quando um grupo de jovens conhecidos como Novos Guerreiros, tentam travar vilões com a intenção de gravar os seus actos heróicos para aumentar as visualizações do seu reality show. Eles rapidamente perdem controle sobre a situação e Nitro, um desses vilões, usa os seus poderes para destruir vários quarteirões, tendo como centro a escola de Stamford. Esta intervenção pelos Novos Guerreiros causa vários estragos, incluindo as mortes de mais de 600 residentes, cerca de 60 dos quais eram alunos de Stamford, e até a morte da equipa tendo como excepção apenas Speedball e o próprio Nitro.

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2. Identidades secretas e Acordos

Um dos maiores factores que levam Steve Rogers a tornar-se contra o registo dos super heróis passa pelo facto de que as identidades dos mesmos não são conhecidas. Os seus nomes e, por consequência, os nomes de quem lhes são próximos são secretos. Tanto Tony Stark como a S.H.I.E.L.D. procuram registar o nome e identidades de todos os novos heróis que surgem, tornando essa informação pública. E por essa razão, surge o Acto de Registo. Mas, segundo aqueles que são contra esta ideia, isso coloca em causa a segurança não só de cada herói bem como das pessoas que eles amam. Um dos momentos mais icónicos, por essa mesma razão, nas bandas desenhadas é quando Peter Parker, apoiado tanto pela sua tia May bem como Mary Jane, tira a máscara perante as câmaras e o mundo, revelando ter sido o Homem-Aranha desde os seus 15 anos.

No caso do mundo cinemático, essas identidades nunca foram um segredo. E os poucos casos cujo nome ainda era desconhecido do público, deixou de o ser quando no filme Capitão América: O Soldado do Inverno, Natasha Romanoff publicou na internet milhares de ficheiros pertencentes tanto à S.H.I.E.L.D. como à Hydra. Aqui o foco da questão centra-se nos actos dos heróis em si e na sua responsabilidade. Daí surge os Acordos de Sokóvia, que promovem remover os Vingadores do seu estado de organização privada com o objectivo de haver algum controle sobre as acções dos mesmos por parte da ONU.  Aqui os argumentos de Rogers passam mais directamente pelas pessoas a quem vão os heróis responder e sobre o facto de achar que as suas “próprias mãos ainda são as mais seguras”.

3. Thor

Embora no cinema o Deus nórdico interpretado por Chris Hemsworth tenha estado ausente neste conflito, o mesmo não acontece na banda desenhada. Num virar de eventos após uma luta entre os dois grandes lideres dos lados opostos, Thor aparece na história levando a cabo um papel nesta luta de opiniões como estando do lado do Homem de Ferro. No entanto, isto é uma surpresa para todos pois o filho de Odin estava, presumidamente, morto.

No seguimento da história, vimos a descobrir que Thor trata-se na realidade de um clone cyborg do famoso herói fabricado pelo próprio Tony Stark e os seus companheiros, Hank Pym e Reed Richards. O ‘Deus’ nórdico facilmente consegue sobrepor-se ao grupo anti-registo, mas o conflito descontrola-se quando Thor mata Goliath e procura fazer o mesmo com o restante da equipa formada pelo Capitão América.

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4. S.H.I.E.L.D.

Já falámos em um dos pontos anteriores que a S.H.I.E.L.D. teve um papel importante no desenrolar da história da banda desenhada. Mas o mesmo não acontece no filme… Isto pela dissolvência da agência durante o anterior filme da actual trilogia do Capitão América.

Na banda desenhada S.H.I.E.L.D. ainda continua a ser um nome importante no desenvolvimento do argumento. E, numa reviravolta de eventos, é o próprio Tony Stark que assume a liderança como seu director oficial após a destituição de Maria Hill, que até ao momento, tomava o papel que nós conhecemos como pertencente a Nick Fury nos filmes. Na história original, a perseguição feita a Steve Rogers e ao restante da sua equipa, os Vingadores Secretos, é feita principalmente através da S.H.I.E.L.D. e dos seus agentes.

5. O DESTINO DE STEVE ROGERS

Ainda está fresco nas nossas memórias o momento que Sam Wilson, o Falcão, muda de expressão ao ver o seu amigo do outro lado do vidro da sua cela. Sem o escudo, sem o uniforme, apenas como Steve Rogers, ele decide resgatar os seus amigos da prisão. Mais uma vez, esta é uma grande diferença porque, na banda desenhada, Steve Rogers entrega-se à S.H.I.E.L.D. e aceita ser julgado como um criminoso após uma destrutiva batalha no centro da cidade de Nova Iorque.

É no decorrer desta história que surgem os conhecidos volumes escritos por Ed Brubaker: A Morte do Capitão América, onde Steve é assassinado perante a assistência da nação inteira ao subir a escadaria que o levaria ao tribunal onde iria depor e receber a sua sentença.

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Independente das diferenças, ambas as histórias demonstraram o seu potencial e marcaram o universo onde se inseriram, mudando o rumo da história desse ponto em diante. No caso do mundo cinemático, as mudanças fizeram sentido se olharmos para a narrativa que trouxe a história a este ponto.

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