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crítica que te trago hoje através da Playstation Portugal, permitiu-me viver uma experiência, que, apesar de não ser revolucionária, espreme o máximo de sumo que consegue em cada componente que compõe esta obra-prima. Sejam os visuais, mecânicas, narrativa ou a jogabilidade. Falo da obra prima mais aguardado da Santa Montica Studios, God Of War.

Desde a revelação de God of War na E3 de 2016 que o foco se colocou na história da relação entre Kratos e Atreus (pai e filho). Estes são confrontados com o falecimento da esposa/mãe, o que os aproxima e faz com quem enveredem numa jornada para alcançarem o topo de uma montanha de forma a prestar homenagem à mesma.

Partimos então numa aventura que nos leva por Midgard, passando por vários pólos como Jotunheim ou Alfheim, deparando-nos com cenários maioritariamente mórbidos e frios, embora por vezes esses nos espantem com vislumbres da mãe Natureza que fazem inveja qualquer videojogo… Tudo recriado conforme a mitologia nórdica, e respeitando sempre a cultura em questão.

Ao atravessarmos a vasta terra de Midgard, deparamo-nos com uns visuais excecionais, onde cada detalhe conta para o olho do jogado! Sejam ramos, gotas de sangue ou crânios que encontremos pelo caminho. A juntar aos visuais deslumbrantes, temos uma arte visceral, que nos transmite a sensação de frio e realismo através da maneira como desenham os cenários.

Com uma longa viagem pela frente de duas pessoas que são mais meros conhecidos do que pai e filho, vemos e embarcamos no desenvolvimento crescente da ligação entre Kratos e Atreus. Com um diálogo conciso e bem interpretado, consegues colocar-te em cada gume da espada, o que cria em ti bastantes vezes um dilema moral, deixando-te indecisos.

God of War podia impingir-te Atreus como uma personagem secundária que apenas te atrapalha durante os combates, mas em vez disso torna-o num trunfo. Com habilidades por desenvolver e outras já dominadas, Atreus é uma ajuda essencial no desenrolar da carnificina que assombra o ecrã ocasionalmente. Podes até melhorar a sua armadura e as suas armas.

À medida que progredes na história, também o envolvimento de Atreus no combate se desenvolve. Começando com arco e flecha, chega a um ponto em que começa a saltar para cima de inimigos, para Kratos poder desferir o seu golpe final. Tal é a confiança com que cada um coloca a vida nas mãos do outro.

Isto leva-me às mecânicas de combate do videojogo. Para quem já conhece a saga God of War, sabe perfeitamente que a carnificina é abundante. No entanto, com base no que vimos em trailers, os fãs achavam que teria sido reduzida neste título, de forma a focar-se mais na relação entre Kratos e Atreus, mas não podiam estar mais errados…

Não se desviando das primeiras entradas, God of War prefere uma abordagem mais prática e letal em vez do tradicional button mashing. Claro que até matares um inimigo tens de lhe dar uma valente carga de porrada, mas com a ajuda de Atreus consegues misturar de forma coesa e fluída vários combos. Dando-te espaço para desfrutares da beldade gráfica que a Santa Monica te oferece.

Algo de que gostei particularmente foi a maneira como mesmo o combate corpo a corpo desmembra inimigos com a mesma facilidade do Leviathan Axe. Isto não seria possível sem uma consciência de que Kratos é sobrenatural, e a Santa Monica fez um excelente trabalho ao revelar isso faseadamente. As suas imunidades, a sua força extraordinária, entre outras habilidades que não vou mencionar para que fiques tão pasmado como eu.

Um dos factores mais imersivos para mim foi a câmara. Ao invés das entradas anteriores na saga, neste mundo seguimos Kratos por cima do ombro. Confesso que ao início não me sentia muito à vontade pois cortava grande parte do panorama. No entanto, com o tempo fui-me apercebendo que é suposto isso acontecer, de forma a enaltecer a grandeza e a escala dos monstros ou paisagens que encontras ao longo do caminho, o que funciona de forma irrepreensível.

Algo curioso, que demonstra a atenção ao detalhe da Santa Monica é a forma como Atreus nunca sai do nosso campo de visão. Um toque subtil de paternidade que passa despercebido, mas que serve para irmos acompanhando o crescimento da relação entre pai e filho e até do próprio Atreus. A própria maneira como este reage aos ambientes vai alterando conforme as experiências, o que é absolutamente fenomenal! Mesmo quando saltas para uma parede para começares a escalar, vês de imediato Atreus saltar para as tuas costas. Isto não é por acaso. Atreus podia muito bem trepar, mas tu, enquanto Kratos, tens de cumprir a tua tarefa de pai e carregar o teu filho em qualquer altura que seja necessário.

Posso dizer que suspirei de alívio quando terminei o videojogo pois durante toda a campanha a minha Playstation 4 parecia um Boeing tais eram os decibéis da ventoinha a trabalhar. Isto não aconteceu pela má programação, mas antes pelo facto de God of War colocar à prova todos os aspectos da consola.

Numa alteração de paradigma comparativamente a Esparta, encontramos um ambiente mais sereno em Midgard, que ao mesmo tempo quando mexe, abala qualquer grão de areia presente no solo. É nesta terra que Kratos e Atreus partem rumo ao pico da montanha, ultrapassando diversos obstáculos, sempre em conjunto e numa constante aprendizagem e evolução da sua relação enquanto pai e filho. Enquanto testemunhas esta viagem, podes apenas agradecer o facto de teres presenciado algo tão épico.

God of War já está disponível em exclusivo para Playstation 4.

Já estás a jogar God Of War?

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  • Santa Monica Studios
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Por Bruno Vieira escritor/a em SOMOSGEEKS.PT
Gaming / One Piece / Music / Movies