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“Chapter One: And Let My Cry Come Unto Thee”

Portanto… aconteceu. The Exorcist chegou agora em série e já a matar. Estreou-se com um episódio calmo, típico da introdução à trama, mas com momento mais densos. Daqueles em que o medo é ténue mas palpável.

Claramente já se esperava os clichés básicos dos filmes de terror, como os sustos repentinos, ou o suspense e a demora da personagem em fazer algo até realmente acontecer alguma coisa. Mas, ainda que se denote qualidade no enredo elaborado para a adaptação do clássico de terror em série, precisamente por isso é que provavelmente podia ter existido menos clichés e mais integridade.

A moda atual dos filmes de terror sobrenaturais é incluir um padre ou uma personalidade religiosa latina. Nos dias em que estamos, facilmente seria criticado por dizer isto, mas a minha observação não se foca na nacionalidade da personagem mas sim o aborrecido que se torna quando a indústria do terror prefere manter-se nos mesmos registos, sem originalidade ou pelo menos um pouco mais de brio no que é feito. Ainda assim, o padre Tomas Ortega (Alfonso Herrera) é uma personagem que, no que toca à história base, integra-se facilmente na mesma e produz uma fluência natural no seu desenvolvimento com os acontecimentos à sua volta.

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Geena Davis interpreta o papel de uma mãe que do nada considera que há algo na casa. O que é de estranhar é que a mesma apercebeu-se disso após ouvir apenas alguns barulhos atrás de uma parede. Na vida real ninguém no seu perfeito juízo ia logo partir para a possibilidade de uma presença demoníaca sem primeiro excluir um casal de ratos a acasalar na canalização da casa… se calhar estou a exagerar, mas não é algo que seja assim tão susceptível de ser levado para o extremo. Ainda assim foi decidido que a mãe preocupada tinha logo de falar com o padre e pedir-lhe que passasse em sua casa para sentir as presenças que alega ter certeza de existirem (talvez porque os produtores acharam que era a melhor forma de se dirigirem ao âmago da história).

No geral, esta estreia complementou a ideia de que estaríamos perante um audaz e ambicioso plano de expandir a história do clássico de 1973. No entanto, acho que convém que as coisas tenham um pouco mais de sentido (e ação) à medida que se desenrola todo o enredo. Esperamos que venham aí mais momentos de horror, nem que seja de modo a provocar aquele arrepio de medo no final de cada episódio.

Diz-nos lá se também te escondeste por baixo dos cobertores ao ver esta estreia?

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Redação
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