BLOODSTAINED: CURSE OF THE MOON | Crítica

Que noite terrível par... Oh, tu já sabes o resto!

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Por João Teotónio escritor/a em SOMOSGEEKS.PT
Sou um mago vermelho da cromice, com pontos alocados principalmente nos videojogos. Adoro o ar livre e esticar as pernas.

O Castlevania III teve algum aumento de popularidade repentino que me escapou à minha atenção? Normalmente quando se falava desta série via louvar principalmente o Symphony of the Night e outros derivados da sua fórmula, estou um pouco surpreendido.

Atenção, não digo isto como se fosse algo negativo… Eu próprio gosto muito de Castlevania III e este videojogo costuma ser um dos favoritos da malta que gosta de andar agarrada à NES. Talvez estejas a perguntar o porquê desta conversa toda, eu passo a explicar…

Conheces o Bloodstained: Ritual of the Night? É um videojogo financiado por crowdfunding que ainda está em produção. Um “Metroidvania” bidimensional com modelos 3D chefiado por Koji “IGA” Igarashi. Um antigo produtor da série de Castlevania. Um dos stretch goals deste Kickstarter, era um derivado feito em estilo retro. Pois não é que esse derivado já está disponível no mercado!?

Bloodstained: Curse of the Moon, é um videojogo de plataformas estilo Castlevania clássico que provavelmente foi feito para agradar a malta da velha guarda que franze o nariz a essas porcarias “modernas” com elementos de RPG da Playstation (Gente esquisita…)

A jogabilidade é praticamente retirada do seu antecessor da Konami: Saltos arqueados, armas alternativas com cargas limitadas e muitas, mas mesmo muitas escadarias para subir e descer. O protagonista é Zangetsu, um espadachim caçador de demónios. Ele possui um ataque rápido de alcance normal que usa talismãs ou um gancho como ataques alternativos.

No final dos três primeiros níveis o jogador ganha a oportunidade de recrutar outros aliados. Miriam, a protagonista do videojogo principal, usa um chicote com longo alcance que demora algum tempo a ser lançado. Desliza e usa facas e um grande machado como ataque alternativo. Alfred, um alquimista frágil com vários feitiços poderosos ao seu dispor. Por último, Gebel com um ataque diagonal e consegue se transformar num morcego.

Sim… Estes quatro são basicamente o Grant, o Trevor, a Sypha e o Alucard do CV III. Felizmente não somos limitados a duas personagens desta vez, a troca de personagens é imediata com o toque de um gatilho e o jogador só perde uma vida quando todas as personagens são mortas. Algumas habilidades activas são mantidas apôs a troca de personagem abrindo portas a estratégias de abordagem que achei bem interessantes.

Em alternativa ao recrutamento de aliados, podemos matar estas personagens em troca de novas habilidades para o Zangetsu ou simplesmente ignorá-las. Estas decisões e a consistência do jogador a tomá-las, influenciam o final do videojogo. Juntamente com dois modos a desbloquear o videojogo oferece muitas razões para voltarmos a jogar.

No total, Curse of the Moon contêm 8 níveis sequenciais, cada um com vários caminhos alternativos. Vários esqueletos de aventureiros mortos apontam para o caminho ideal, mas este nem sempre está disponível. Podes não ter habilidade ou até mesmo a personagem indicada, circunstâncias que incentivam à exploração destes mapas, apesar da sua linearidade.

A dificuldade está em linha ao que se encontrava na NES, o que pode ser considerados por muitos um bocado excessivo. Isto principalmente próximo do final do videojogo onde existe secções um pouco exageradas na minha opinião. Em contrapartida existe um modo casual que pode ser activado ou desactivado cada vez que carregamos o progresso guardado. É bom para quem quer treinar para algum nível em particular ou simplesmente jogar de forma relaxada.

O grafismo é extremamente leal aos antigos videojogos da Konami. O suficiente para enganar alguém sobre a data em que este videojogo foi feito. Uma boa mão de bosses fazem sobressair este estilo artístico fantástico.  Mas melhor que isso é a música, chiptunes feitas ao estilo gótico que fazem a “Bloody Tears” correr pelo seu dinheiro.

Mas Curse tem as suas falhas que o afastam da perfeição. As vezes o salto tem um comportamento um bocado duvidoso quando estamos demasiado perto de uma plataforma, por exemplo. Apesar da modernização de algumas mecânicas, não é nada a comprar com outros videojogos da mesma laia (Shovel Knight: Shovel of Hope, por exemplo) e apesar de termos boas desculpas para voltarmos vezes sem conta, não apaga o facto de o videojogo ser pequeno em termos de dimensão. Mas para o preço que está fixado é certamente dinheiro bem gasto.

Bloodstained: Curse of the Moon já está disponível para PC, Playstation 4, Playstation Vita, Xbox One, Nintendo 3DS e Nintendo Switch.

Estás mais interessando em quem, Miriam ou Zangetsu?

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2 COMENTÁRIOS

  1. sobre a critica dos pulos sobre plataformas ai usado como exemplo, foi 100% proposital ,visto que nos castlevanias clássicos são da mesma maneira, entre outras coisas o recuo no dano, e não poder pular enquanto sobe escadas,é tudo para ser igual aos clássicos

    • Boas Kleyton.

      Fui agora mesmo confirmar o que me disse e tem toda a razão a cerca do movimento do salto. A minha queixa poderá a ver mais com o posicionamento de algumas plataformas ou algum input lag que fez o salto accionar mais cedo que a direcção, notando-se mais quando se está encostado a algum solido, algo que nunca senti quando jogava na NES.
      O videojogo não deixa de ser muito bom no entanto, gostei muito de jogar e devo voltar durante as férias.

      Cumprimentos

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