Ah Tradições… Chegou aquela altura do ano que deixa todas as crianças ansiosas a aguardar pacientemente à volta da lareira… O lançamento das terceiras versões do Pokémon, pois claro!
Praticamente todas as gerações de videojogos desta franquia tiveram direito a um relançamento com novas revisões com melhorias, rebalanceamentos, correcções e novos extras. Moon e Sun não ficaram atrás neste tratamento, chegaram agora de fresquinho Ultra Sun e Ultra Moon. É Moon e Sun, só que… Tipo… Ultra.
Vou já tirar este aviso da frente, Ultra não é para todos. As raízes destas versões, como eram de esperar são praticamente as mesmas versões que tivemos direito o ano passado. As diferenças compensarão a compra desta disquete novinha em folha para a tua portátil? É o que vamos ver.
O inicio das versões originais, como é típico dos JRPG, demora um bocado a desenvolver. Felizmente aqui muita da palha é cortada, o nosso avatar recebe o starter muito mais cedo e rapidamente entramos na 1º cidade onde a aventura realmente começa. No entanto levas com os tutoriais do costume em cima, amigos eu sei apanhar Pokémon desde o século passado. O acesso ao Pokémon Bank foi disponibilizado de forma rápida, possibilitando a transferência dos teus monstrinhos antigos para o novo videojogo, que torna a aventura ligeiramente menos penosa para quem já conhece este esquema todo.
A interface foi limpa e reorganizada com um acesso mais rápido às opções mais utilizadas durante a aventura. O nível gráfico mantém o mesmo do original, que por si já é excelente para a 3DS. Considerando este aspecto, o ideal é correres isto numa New 3DS. O videojogo está optimizado para esta plataforma e consegues aqui um movimento muito fluido sem pausas chatas.
Algumas das novidades como o mini-jogo de surf de Mantine ou os autocolantes coleccionáveis enquadram-se bem no mundo de Alola e na viagem juvenil que os nossos avatares fazem, ao ponto de ficar admirado como é que uma coisa destas não tinha aparecido há um ano atrás. Outras como as novas secções fotográficas fazem relembrar o charme que todo o universo Pokémon tem.
No entanto existem novidades que são uma grande salganhada enfiadas a pontapé. Não achei piada nenhuma ao Ultra Recon Squad que quebraram o pouco do interessante que a 1º história tinha. E o regresso dos vilões anteriores vindos de dimensões alternativas não passa de puro fan service que podia ter sido executado de forma muito melhor.
Giovanni merecia um regresso com pés mais assentes na terra… É algo que eu estava a espera desde o HeartGold e SoulSilver, porra! Bem, ao menos tivemos direito a remixes fantásticos de musicas da Team Rocket que trazem lágrimas aos olhos.
Tudo o resto é a mesma coisa que encontramos no Sun e Moon, só que com uma ou outra personagem com os lugares trocados e com a listagem de monstros disponíveis ligeiramente alterada. Parece um trabalho de casa que um miúdo copiou e alterou uma ou outra resposta para o professor não descobrir.
Eu vou dar crédito onde ele é merecido, Ultra é digno dos alicerces que o suportam e é realmente uma aventura sólida que deve ser jogada caso não o tenhas feito no ano passado com a iteração anterior.
Mas a Game Freak escolheu mesmo o caminho mais preguiçoso possível nesta produção. Se querem expandir a história lancem uma sequela como o Black 2 e White 2, não uma história “alternativa”. Se nos querem vender extras, lancem expansões, não coisas agarradas a um cartucho igual a aquele que comprei há pouco tempo. A ideia principal que me foi transmitida quando joguei Ultra foi que Pokémon amarelos de cristal morreram com o Game Boy. Na era digital não há desculpas.
Pokémon Ultra Sun e Ultra Moon já estão disponíveis na a família de consolas da Nintendo 3DS.
eu acho isso muito irônico
muitos falam mal de UMUS devido suas pequenas mudanças em relação ao Moon & Sun. Mas esquecem que Heart Gold/Soul Silver, Yellow e Emerald foram basicamente a mesma coisa: jogos exatamente iguais aos anteriores, com meia duzia de mudanças.
muita critica sem fundamento, parecem que nem conhecem a Gamefreak direito
Boas Garuda, obrigado por ler a minha critica.
Mas com todo o respeito, o teu comentário não faz muito sentido:
HG/SS são remakes lançados 10 anos depois numa consola a duas gerações acima, nada a ver com um jogo lançado apenas um ano depois na mesma consola.
Emerald tem o seu crédito, principalmente pela introdução da Battle Frontier que levou o single player a um nível muito bom na série. Mas tanto o Emerald e o Yellow já tinham sido lançamentos duvidosos na altura e dizer que a Gamefreak sempre fez isso como desculpa é como dizer, por exemplo, que a EA não deve ser críticada porque sempre matou estúdios e sempre mandou franquias pela pia abaixo.
Com isso dito, eu gostei muito desta geração, portanto não acho estranho a malta gostar dos Ultra e é bom sinal achares o mesmo. A classificação que dei até é positiva!
A escala usada aqui vai do 1 ao 5, não do 4 ao 5 ou do 8 para o 10 como se costuma muito ver ai fora.
E no fim do dia, esta é só mais outra opinião como tantas outras.
Cumprimentos.