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Um dos videojogos mais aguardados desde a conferência da Electronic Arts na E3 2017 em Los Angeles, é sem dúvida A Way Out. Um videojogo que marca o nascimento de um estúdio independente muito promissor, Hazelight, e que já conseguiu captar a atenção da EA e integrar o programa Electronic Arts Originals. Um programa que apoia a criação de videojogos indies e ajuda esses a serem descobertos pelos jogadores.

A Way Out é uma feliz consequência do sucesso de Brothers: A Tale of Two Sons criado por Josef Fares, fundador do estúdio independente. O talento de Josef foi descoberto através desse videojogo e desde então tem chamado a atenção pela sua demanda por reinventar mecânicas para videojogos de multi-jogador. Uma demanda que culmina no videojogo que te trago hoje pelas mãos da Electronic Arts, e te deixo aqui os meus pensamentos em relação a esta experiência que é impossível jogar a solo.

A Way Out foca-se na história de 2 personagens em busca da liberdade: Vincent e Leo. Estes são os personagens que tu e um amigo irão controlar em terceira pessoa, quer jogando online ou localmente (bastando haver apenas uma cópia do videojogo entre os jogadores para jogarem em qualquer um dos modos). Vincent e Leo embora detenham algumas coisas em comum, são duas personagens muito distintas!

Ao passo que Vincent é uma personagem sensata e procura sempre agir correctamente, Leo por outro lado age de cabeça quente partindo para a forma mais rápida e eficaz de despachar o trabalho. Cabe-te a ti e ao outro jogador decidirem o rumo da história através das sugestões que ambas as personagens apresentam para resolverem as situações com que se deparam. Por isso já sabes, este é um videojogo com vários storylines em que podes influenciar o seu percurso e desfecho. A minha experiência com A Way Out, levou-me a momentos muito especiais e que me despertaram imensa emoção.

Ao longo do videojogo, as personalidades de Vincent e Leo vão-se desembrulhando e a história não podia tornar-se mais profunda e sentida para os jogadores. Ao passo que descobres as várias facetas destes personagens também começas a envolver-te com os seus backgrounds e com as suas famílias. Há momentos em que não consegues deixar de sentir os pêlos eriçarem-se e o teu coração quase parar. Ternura, acção, violência, adrenalina, compaixão…compuseram a minha experiência com este videojogo. Começas a sentir-te tão envolvido depois de passares por tanto com estes personagens que te sentes como se estivesses na pele deles, e preocupaste verdadeiramente com as suas vidas. Por fim, tu e o teu companheiro desta aventura, terão uma experiência única como nunca viveram antes num multiplayer e vão sem dúvida querer partilhar este videojogo com outros jogadores.

A grande inovação de A Way Out reflecte-se no modo de splitscreen que está em vigor tanto no modo online como local. Desta forma tu e um amigo conseguem desfrutar do videojogo sem perderem pitada do que se está a passar com o outro jogador. A divisão do ecrã é ajustada conforme a situação, mas nunca é incomodativa. Passando de metade-metade quando os jogadores estão a desempenhar os seus papéis, para ecrã completo em cinemáticos muito específicos quando a outra personagem está literalmente só a fazer tempo.

Na grande maioria dos cinemáticos, acontece o caso de estares a jogar e de repente o ecrã do outro jogador entra em modo cut-scene, o que poderá ou não fazer com que seja ajustada a divisória do teu ecrã. No entanto terás sempre um ângulo de visão decente da tua personagem, e não é o facto de o outro jogador estar num cinemático que te irá atrapalhar. Achei engraçado controlar o meu personagem e ver em simultâneo este a mover-se na cut-scene do outro personagem que estava no mesmo local que eu.

A nível de desempenho do videojogo, é na Playstation 4 que o frame rate mantêm-se mais baixo, com uns constantes 30 fps. Já na Playtation 4 Pro, Xbox One X e PC, o frame rate não está limitado, podendo mesmo chegar aos 160 fps! Já a nível de resolução, é no PC e na Xbox One X que o videojogo atinge o seu máximo de qualidade! A nível dos grafismo, o ambiente, a iluminação, as texturas, os pelinhos dos braços, foi tudo muito bem trabalhado.

Em certa parte os visuais aqui presentes têm uma vibe que me lembra um pouco o estilo da Rockstar Games só que muito suaves. A animação também está boa mas visto as personagens principais são tão diferentes, faria sentido esta adaptar-se às suas personalidades e não ser tão genérica. No campo sonoro, A Way Out oferece-te uma banda sonora muito suave, um pouco atmosférica e com um tom melancólico. Quase nem dás por ela, mas essa influencia sem dúvida a tua envolvência.

Com isto, A Way Out foi uma experiência que superou as minhas expectativas, e a barra estava bem alta pois nunca contive o meu hype por este videojogo! O mercado dos videojogos está cada vez mais a apostar em experiências que possam envolver a tua cara metade, família, amigos, colegas.. No fundo está a atingir a maturidade pois a faixa etária dos jogadores é cada vez mais flexível e é importante interiorizar esta cultura num ambiente social e não só num ambiente solitário.

Este videojogo cumpriu com tudo o que prometeu ser e é mesmo um videojogo multiplayer único que não podes perder! Um modelo a seguir que anseio ver posto em prática em novos videojogos e que torna estas experiências mais cinematográficas, como Until Dawn, Heavy Rain, muito mais interessantes havendo a possibilidade de serem jogadas a dois jogadores.

A Way Out já está disponível para Origin (PC), Playstation 4 e Xbox One.

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Por Joana Sousa escritor/a em SOMOSGEEKS.PT
http://joanasvsousa3.wixsite.com/joanasousa
A minha paixão pelo Cinema e Videojogos levou-me pelos caminhos da Animação e Pós-Produção e a cobrir essas áreas aqui...

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