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Quando tinha cerca de oito ou nove anos a minha mãe ofereceu-me um Game Boy e com ele veio o primeiro RPG que alguma vez joguei, o inconfundível Pokémon Red! Fiquei muito feliz por me oferecerem o Red visto que eu sempre preferi o Charizard ao Blastoise, apesar de o Blastoise ser o melhor Pokémon para começar o videojogo pois os ginásios eram todos relativamente fracos contra água.

Na altura como não entendia muito bem inglês, ia-me tentando desenrascar também com a ajuda do anime que passava na televisão (anime este que acordava toda a gente ás 6 da manhã de um sábado para estar colado ao ecrã). O anime como tornava tudo tão épico de certa forma transmitia a sensação para o Game Boy, embora os gráficos fossem um pouco (ressalvo este “um pouco”) diferentes.

Mas a sensação estava lá! Eu era um péssimo jogador, isto porque o lema de Pokémon é “apanhá-los todos” mas eu apanhava os que achava serem mais fixes e simplesmente treinava-os até chegarem ao nível máximo e deslocava-me aos ginásios e por fim os “Elite Four”. Nunca me dei ao trabalho de apanhar um Pokémon que não quisesse usar numa luta, o que desafia por completo o lema do videojogo mas não importava porque sempre me diverti.

O que muita gente não percebeu ao fim destes anos todos é que Pokémon é um RPG bastante complexo. Se olharmos para o videojogo de uma forma objectiva, é um videojogo sobre treinar Pocket Monsters e apanhá-los a todos. No entanto, se olharmos de forma mais intrínseca, torna-se num videojogo em que vamos evoluindo, com a ajuda de itens ou naturalmente, seis personagens que nos acompanham numa viagem, cada uma destas personagens com o seu tipo de Pokémon, fraquezas, forças ou efeitos que têm sobre outros Pokémon.

Com isto não quero dizer que é um videojogo complicado, porque não é, simplesmente tem muito mais para se explorar do que se julga. Eu por exemplo nunca usei um X Attack até 15 anos depois de jogar Pokémon, não fazia ideia para que serviam então mantinha-os, tal como inúmeros outro itens parecidos na nossa mochila.

Quando falo neste tipo de complexidade, não é apenas para abordar a experiência de single player, mas sim o modo competitivo multi jogador que existe, o que requer que tenhamos os seis melhores Pokémon possíveis para qualquer desfecho. Não se tratam dos seis com melhor cosmética, nem os seis maiores, têm de ser seis Pokémon que consigam tratar de qualquer tipo de Pokémon sem que sucumbam por fraqueza ou contra os vários tipos de efeito como por exemplo o chamado Intimidate.

Esse é o motivo pelo qual escolhi Pokémon Red para abordar neste Histórias de um Pixel. Além de ser um videojogo que marcou imenso a minha infância, já em 1996 utilizava um sistema bastante complexo de luta que passava ao lado de muitos jogadores (como eu) pois o que queria era ter os melhores e mais apelativos Pokémon. Quero dar a conhecer a faceta de Pokémon que muitos não conhecem!

Um facto engraçado que queria só destacar por curiosidade é a ligeireza com que os japoneses tratam os videojogos, ou seja, em Pokémon frequentemente encontramos adversários chamados “Preschooler X/Y”, o que quer dizer que estamos a lutar contra crianças da pré-primária num RPG imenso em complexidade, ou seja, se perdermos mais vale dedicarmo-nos à pesca!

Os Pokémon iniciais como o Red e o Blue (no ocidente, pois no oriente saíram Red e Green) apresentaram-nos a primeira geração e os primeiros tipos e estados de Pokémon. Sendo que aqui já havia um certo grau de complexidade, hoje em dia com Pokémon Sun & Moon (que são muito bons como o nosso colega João Teotónio escreveu na sua crítica) o grau de complexidade ainda subiu mais, pois temos as Mega evoluções e um novo tipo de Pokémon intitulados Dark.

Uma forma de notarmos a maneira como os títulos Pokémon se equiparam em termos de quests para outros como por exemplo The Legend of Zelda ou Final Fantasy é através das tarefas que temos muitas vezes de fazer para chegarmos ao nosso objectivo, como por exemplo encontrar a flauta que acorde o Snorlax, conseguir o bilhete para entrar no Ferry ou até mesmo procurar um Silph Scope para conseguirmos identificar os Pokémon fantasma!

É verdade que a premissa dos videojogos que referi são bastante diferentes mas conseguimos ver várias semelhanças entre eles de forma a conseguirmos alcançar o nosso objectivo! Creio que a equipa da Game Freak merece o devido reconhecimento pelo esforço e pela dedicação que colocaram e colocam nestes títulos de forma a serem mais leves para quem não quer competitividade mas ao mesmo tempo encontrarem uma maneira de tornar o videojogo competitivo.

Infelizmente não consegui jogar todos os títulos mas acredito que existam bastantes mudanças que não abordei aqui portanto convido-te a contares o que descobriste nestas novas entradas da franquia! Estou de momento a jogar Pokémon Moon e à procura do Haunter pois o meu preferido (Gengar) só é possível ter através de uma trade (neste caso a Game Freak ficou em 1999), no entanto devo dizer que estou a gostar bastante de Alola!

Qual é o teu videojogo de Pokémon preferido?

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Bruno Vieira
Gaming / One Piece / Music / Movies

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