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Nós por aqui não conseguimos largar os Beat ‘em up, não é verdade? É um género fácil de se pegar, tanto sozinho como com os amigos para passar um bom tempo e não há dúvidas que é algo que faz parte das memórias de todos nós, de uma maneira ou outra.

É o caso do estúdio indie MakinGames, composto por ex-programadores da Rare, que, em cooperação com a Team 17, produziram um videojogo baseado em Streets of Rage, Final Fight e Double Dragon, chamado Raging Justice que segue os mesmos conceitos.

O jogador joga no papel de três personagens diferentes: Rick, um Policia que não liga muito a regras, Nikki, uma ex-militar e Ashley, uma criança que aprendeu a lutar enquanto via filmes de acção. A sua missão é salvar o presidente da câmara municipal que foi raptado e de momento se encontra do lado mais duvidoso da cidade…

Se consideravas os videojogos do género dos anos 80 e 90 uma paródia dos filmes de acção saídos de Hollywood, então Raging Justice é uma paródia de uma paródia onde os estereótipos das personagens e afins são tão destilados que não se percebe muito bem se é para levar as coisas para o lado da comédia ou se a intenção era mais séria. Como um filme que é tão mau que se torna bom… Ou é simplesmente mau.

A jogabilidade é a esperada com alguns elementos novos. A nossa personagem pode fazer combos com murros e pontapés, agarrar armas, outros objectos e até adversários e claro, ataques especiais que gastam pontos de vida. Uma mecânica interessante introduzida em Raging Justice é a opção de apreender os inimigos enquanto estes estão atordoados, recebendo um bónus de vida em vez de arrear uma sova em cima. Decisão que vai influenciar o modo de história na versão que vai ficar disponível ao público.

Para aqueles que querem uma experiência mais variada existem pequenos desafios em cada nível, como fazer um certo número de combos ou apreender um certo número de inimigos. Isto tudo soa bem em papel, mas infelizmente a execução deixa muito a desejar. O nível do modo de história são ridiculamente pequenos, duas a três ondas de inimigos e o boss aparece.

A jogabilidade em si é completamente insípida e repetitiva. Há momentos de por as mãos a cabeça, como por exemplo um dos Bosses que está uma eternidade a fazer o mesmo ataque com uma janela para nós ripostar extremamente pequena. Não é por ser difícil, mas por ser um teste à paciência. Na build que nos foi fornecida, além do modo de história temos uma espécie de modo de sobrevivência que parece só existir para encher chouriços, sem qualquer outra mais valia.

Os gráficos são bidimensionais pré-renderizados a partir de modelos 3D, um estílo popular no fim da era de 16-bits e no inicio da seguinte. Apreciar este tipo de grafismo é um gosto adquirido e depende muito da sua execução e qualidade de trabalho. Em Raging Justice qualquer mérito que o jogo podia ter tido neste departamento é arrastado pela fraca qualidade da interface que dá um ar demasiado barato a toda a experiência.

As próprias personagens têm um aspecto muito manhoso, fazendo lembrar jogos de segunda categoria de 1996, que já na altura era considerado fracos. Um videojogo assim não teria lugar na minha prateleira no fim do século 20… quanto mais em 2018.

Eu bem tentei manter a mente aberta nesta análise, mas foi realmente impossível. Isto é realmente vergonhoso considerando o pedigree que o pessoal deste novo estúdio supostamente tem… E digo isto sem mencionar o facto de já haver opções bem melhores e baratas no género há décadas, e no PC até mesmo gratuitamente.

Raging Justice estará disponível dia 8 de Maio para PC, Nintendo Switch, Playstation 4 e Xbox One.

Vais querer visitar estas ruas duvidosas?

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Sou um mago vermelho da cromice, com pontos alocados principalmente nos videojogos. Adoro o ar livre e esticar as pernas.

2 COMENTÁRIOS

  1. quanta babaquice, a gente não vive só de mecânicas mordenas ou graficos, o jogo ta ótimo perfeito, você que é um gamer nutella que começou jogar videogame a partir do ps3 em diante lamentável

    • Boa noite Paulo, obrigado por ter tirado algum do seu tempo para ler a minha critica.
      O videojogo não foi apenas analisado por um prisma contemporâneo, ele foi comparado com outros Beat ‘em ups que marcaram realmente o género na era de 90 e até mesmo finais de 80.

      Uma vista de olhos na diagonal pelos títulos dos meus artigos é o suficiente para saber que este é um género que gosto muito, jogo desde o milénio passado e posso dizer que não trocaria por nada deste mundo o tempo que andei a torrar tostões no Dinosaurs and Cadillacs, por exemplo, ou a martelar na Mega Drive dos meus amigos.

      Talvez por causa disso fui exigente demais, mas no fim do dia esta é apenas a minha opinião pessoal, tão válida como de outra pessoa qualquer na Internet e fico contente por ter gostado de um videojogo da mesma família de um meus géneros mais amados. Cumprimentos!

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